segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Madrugada confusa

Chuva brava. Intenso nevoeiro. Dois relâmpagos faíscam no escuro. Explodem mas já se calam. O disjuntor não saltou.
No lusco-fusco do alpendre vagueia uma vespa velutina, ou asiática, ou assassina. Solitária, marra em vão contra as paredes brancas, aponta ao tecto e regressa. O zumbido tem dez vezes mais decibéis que os do costume em insecto. E tenho a sorte de a atingir à vassourada. Ela esperneia no frasquito, etiqueto-a para levar à engenheira. É a primeira que vejo, que observo ali na minha mão. Pergunto à wikipédia, ela confirma.
- Não me atrevo a sair, fico jogando! - isto dizia o outro há muitos anos. Eu calo o Bach, adio a caminhada. Esgoto o louro chá, fecho o ecrã e já voltei para a cama. Leio umas páginas do Aquilino, uns maduros procuram o bicho-mau na serrania. E eu vou dormir a horita que me falta.
Acção!!!