sábado, 24 de setembro de 2016

Pela orvalhada

Reguei as plantas e apanhei as avelanas, da única árvore senior que na horta restou da dona antiga. Estão maduras e caem, ao sabor da Natureza.
Logo me fui lembrar do tempo antigo, e duma bela bailia do Airas Nunes!

Bailemos nós já todas três, ai amigas
sô aquestas avelaneiras frolidas
e quem for velida como nós, velidas
se amigo amar,
sô aquestas avelaneiras frolidas
verrá bailar

Bailemos nós já todas três. ai irmanas
sô aqueste ramo destas avelanas,
e quem for louçana como nós, louçanas
se amigo amar,
zô aqueste ramo destas avelanas
verrá bailar

Por Deus, ai amigas, mentr'al non fazemos
sô aqueste ramo frolido bailemos,
e quem bem parecer, como nós parecemos
se amigo amar,
sô aqueste ramo sol que nós bailemos,
verrá bailar.