domingo, 16 de abril de 2017

Assad, bombas-barril, gás sarin e a histeria da NATO

Quando Moscovo implodiu, o muro de Berlim desabou e a perestroika se impôs, a senhora Nato, em vez de se dissolver por desnecessária, estendeu as patas.
Enganou-se. Porque Moscovo tinha a frota do Mar Negro, e mísseis balísticos intercontinentais e o grande poder de destruir o planeta várias vezes.
Os cães de fila franceses, ingleses e italianos foram à Líbia à caça do Kadhafi, apanharam-no num esgoto e sodomizaram-no depois de morto. A Líbia desapareceu do mapa, voltou aos tempos do império romano, é um exportador de refugiados em desespero. Mas os rebeldes das primaveras árabes, esses farsantes, já tinham varrido o Ben Ali da Tunísia e arrasado o seu Cartago em favor da liberdade.
Depois seguiu-se o Egipto e a irmandade muçulmana. E o desgraçado do Saddam Hussein, o tal das armas de destruição maciça que não existiam, foi apanhado num buraco do Iraque e levou na cabeça com a batuta do maestro da Nato, o Bush bêbado do Texas e das Torres Gémeas que já tinham ido à vida. Os sunitas, os chiitas, os sauditas, os wahabitas e outros itas parecem um formigueiro ensandecido.
Do Afeganistão já nem se fala, com tantos libertadores, que andavam a limpar o sangue das moto-serras eléctricas com que esquartejavam os pilotos de Moscovo quando os apanhavam vivos, esses pobres.
O Irão e a Síria vinham a seguir, na ordem de operações dos democratas da Nato. É aí que surge o Assad. Fez à Nato um pirete das Caldas e correu os rebeldes de tanta primavera a bombas-barril e a bombas inteligentes de Moscovo.
A triste Europa, coitada, está fodida e refodida. Mas a América vai ser outra vez poderosa e grande, tão e tanto como a puta que a pariu. Eu por mim, caso tivesse idade de alistamento, já sabia aonde!