sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Jorge Listopad

Listopad não tinha o estatuto de catedrático. Era um homem que vinha das artes e do teatro, e dava-nos lições acessórias sempre pertinentes.
Para ele, fosse drama ou tragédia, o Frei Luís de Sousa era uma peça mais que perfeita. E podia facilmente ser observada a partir da perspectiva de qualquer personagem: o velho Telmo, Manuel de Sousa Coutinho, Madalena, a atormentada Maria, o romeiro da sala dos retratos... e até o discreto aio Miranda. Andava por ali, mirava a intriga, silenciava. E ajudava a entender.